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Câmara pode analisar projeto que proíbe delação premiada de presos

Temor é que medida atinja colaboração de réus como Mauro Cid e Ronnie Lessa

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Câmara pode analisar projeto que proíbe delação premiada de presos
Agência Brasil

A Câmara dos Deputados pode analisar nos próximos dias o projeto que proíbe a delação premiada de presos.

Nesta semana, o presidente da Casa, Arthur Lira, pautou um requerimento de urgência para a votação da proposta.

O temor é que a medida atinja a colaboração de réus como Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e de Ronnie Lessa, que apontou os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.

O texto é de autoria do atual secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous. Ele se diz surpreso com a retomada da proposta, já que tinha sido rejeitado na Comissão de Segurança da Câmara, e que ele foi apresentado no contexto das investigações da operação Lava Jato que, para ele, eram ilegais.

Na ocasião, Damous apresentou a medida que determina que "somente será considerada para fins de homologação judicial a colaboração premiada se o acusado ou indiciado estiver respondendo em liberdade ao processo ou investigação instaurados". 

Como justificativa, defendeu que o texto deve "preservar o caráter voluntário" da delação e evitar que a prisão cautelar seja utilizada como instrumento psicológico de pressão sobre o acusado ou indiciado, o que fere a dignidade da pessoa humana.

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