Com o fim do recesso legislativo e a posse dos novos parlamentares, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal vão eleger, nesta quarta-feira (01), os presidentes e os membros das Mesas Diretoras das duas casas.
Na Câmara, a disputa caminha para a reeleição do atual presidente, Arthur Lira, que conquistou o apoio de mais de 20 partidos, incluindo o Partido dos Trabalhadores e o Partido Liberal. Por isso, a expectativa é que ele tenha uma votação de aproximadamente 450 votos dos 513 parlamentares.
O único adversário deve ser o deputado Chico Alencar, do PSOL do Rio de Janeiro, que defendeu que Arthur Lira eleito com essa quantidade de votos é prejudicial ao governo.
No Senado, a situação está um pouco mais indefinida. O atual presidente Rodrigo Pacheco continua favorito, mas, para evitar surpresas, busca mais apoio para vencer os outros dois candidatos, Rogério Marinho e Eduardo Girão.
O PT e o PDT, além de senadores do MDB, PSB, Rede e Cidadania, já declararam apoio, o que pode garantir cerca de 50 votos. Já Rogério Marinho, ex-ministro de Jair Bolsonaro, conquistou o apoio do PL, do PP e do Republicanos, além de senadores considerados independentes, o que gera a expectativa de 25 votos.
No entanto, como a votação é secreta, aposta em traições no lado de Pacheco para se eleger. Um dos senadores que decidiram pelo voto de Marinho é o tucano Alessandro Vieira, que defende que a continuação de Rodrigo Pacheco é negativa.
Para evitar problemas para garantir a reeleição de Pacheco, ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como Flávio Dino, Wellington Dias e Camilo Santana, vão se licenciar dos cargos para participar da disputa.