A Câmara dos Deputados bateu recorde de folgas com a eleição, feriados e viagens no ano de 2024. Apenas neste período, foram apenas 62 dias de trabalho em plenário – uma queda de 27% em relação ao ano passado.
O menor volume de dias e horas de votação coincidiu com viagens internacionais que levaram comitivas para fora do Brasil, vários períodos de recesso extraoficial, além de feriadões esticados, como o Carnaval.
Desde o início do ano legislativo, no começo de fevereiro, a Câmara teve nove semanas inteiras sem votações em plenário – excluindo o recesso parlamentar que ocorre no meio de ano, entre os dias 18 e 31 de julho.
Em agosto, foram mais duas semanas extras de recesso, que coincidiram com o fim da janela para as convenções partidárias. Depois, a partir do dia 16, as folgas pegaram o início da campanha eleitoral e as duas semanas decisivas antes do primeiro turno.
A agenda de votações é definida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, que deixa o comando do Legislativo em janeiro. Procurada, a assessoria da presidência da Casa não se manifestou.