Depois de diversos problemas no sistema remoto de votação, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12) o primeiro turno da chamada PEC das Bondades. O projeto prevê a liberação de mais de R$ 41 bilhões para ações do Governo Federal até o fim de 2022.
O segundo turno e os destaques devem ser analisados nesta quarta-feira (13), mas sob o risco de não ser batido o quórum necessário de 308 parlamentares favoráveis ao texto.
Se a matéria for mesmo aprovada, a expectativa é de que o Congresso Nacional se reúna mais uma vez ao longo da semana, para que a proposta seja promulgada, e já passe a valer.
O texto cria um voucher de mil reais para os caminhoneiros, garante o aumento do Auxilio Brasil de R$ 400 para R$ 600, e um vale-gás de R$ 120 a cada 2 meses.
A inclusão no texto de um benefício para motoristas de aplicativos e de transportes escolares não teve acordo, mas há uma conversa de bastidor, para que seja pago um auxílio para essas categorias em breve.
A votação enfrentou dificuldades, já que dois dos links que permitiam que parlamentares votassem de maneira remota ficaram fora do ar. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, afirmou que suspeita que o parlamento tenha sido alvo de algum ataque hacker.
Antes de suspender a sessão, Arthur Lira esclareceu que a Polícia Federal vai apurar o motivo do sistema ter saído do ar.
Ainda nesta terça, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o mandado de segurança apresentado pelo Partido Novo contra essa PEC. A sigla argumenta que a tramitação acelerada da matéria viola cláusulas pétreas da Constituição, às vésperas das eleições.