Calor extremo mata mil pessoas na Europa e incêndios florestais se espalham

Londres pode ver os termômetros passarem dos 40°C pela primeira vez na história; 17 mil pessoas tiveram de deixar as casas para fugir dos incêndios florestais

Rádio BandNews FM

Calor extremo mata mil pessoas na Europa e incêndios florestais se espalham
Foto: Reuters

A semana começa com a promessa de altas temperaturas em Portugal, na Espanha, França e Reino Unido. Londres tem previsão de termômetros se aproximando dos 40°C nesta segunda (18) e terça-feira (19). Autoridades colocaram todas as ambulâncias de prontidão para o atendimento da população que sofre com o calor e a falta de estrutura para conter a escalada das temperaturas.

É a primeira vez que a temperatura pode passar dos 40°C na capital britânica. A temperatura mais alta já registrada na cidade foram os 38,7°C do verão de 2019.

Serviços de saúde já contabilizam mil mortes por conta do calor extremo, segundo agências internacionais. A desidratação é o principal problema e atinge, principalmente, os mais idosos. Só em Portugal, o Ministério da Saúde contabiliza 659 mortes.

A Europa enfrenta a maior onda de calor dos últimos anos e a previsão não indica melhora até o meio da semana. O ar seco prejudica o trabalho de combate às chamas dos incêndios florestais que atingem áreas dos países Ibéricos e na França. Cerca de 17 mil pessoas tiveram de deixar as casas ao verem as chamas se aproximarem.

No sudoeste francês, são 14 mil moradores e turistas da Gironda afetados pelo fogo que destrói florestas na área. Sete centros de apoio foram montados e aviões de combate às chamas da Grécia chegaram ao local para ajudar nos trabalhos.

38 dos 96 departamentos da França estão em alerta laranja, o maior na escala de emergência. A capital, Paris, vê os termômetros de aproximarem dos 40°C.

Na Espanha e em Portugal as temperaturas já passaram dos 45°C ao longo da última semana, dando combustível aos incêndios florestais. No lado espanhol, são 20 frentes de combate às chamas e mais de 350 hectares já destruídos.

No lado português, o primeiro-ministro Antônio Costa cancelou uma viagem para Moçambique e monitora os trabalhos dos brigadistas para conter as chamas que se espalham por 15 mil hectares. Pra primeira vez, todas as regiões do país foram colocados em alerta máximo para o calor.

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