A Caixa Econômica anunciou nesta quinta-feira (30) a contratação de uma empresa independente para investigar as acusações de assédio contra o agora ex-presidente do banco, Pedro Guimarães. O executivo foi denunciado por funcionárias de assédio sexual e moral. Com a revelação dos casos, o economista não conseguiu se segurar no cargo.
Em reunião extraordinária do Conselho de Administração da instituição, foi anunciado ainda a indicação provisória da Vice-Presidente de Habitação, Henriete Alexandra Sartori Bernabé, para a presidência da instituição até a posse de Daniella Marques.
O nome da auxiliar de Paulo Guedes ainda precisa passar pelo Comitê de Elegibilidade do banco público e a previsão é que ela assuma a companhia oficialmente na próxima terça-feira (5).
Daniella ficará responsável por acompanhar a investigação aberta contra Guimarães. A nova presidente ainda precisará dar uma resposta ao Ministério Público do Trabalho sobre possíveis omissões nas investigações internas e na continuada prática de abusos por gestores. Há indícios que outros executivos tenham acobertado os casos, segundo investigação do Ministério Público Federal.
Segundo a Caixa, “as apurações [independentes] vão resguardar a integridade de todo e qualquer denunciante” e serão acompanhadas e reportadas ao Conselho, para que novas providências sejam adotadas, no âmbito preventivo ou punitivo.
ASSÉDIO MORAL
O Ministério Público do Trabalho deu 10 dias para que Pedro Guimarães e o próprio banco se manifestem sobre as acusações feitas por funcionárias da instituição. Apesar das medidas, o caso ganhou novos desdobramentos.
Novos áudios divulgados pelo portal Metrópoles mostram o que seria Pedro Guimarães gritando com funcionários, além de coagir e ameaçar os subordinados.