
A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, presa depois de pichar a estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal, durante os atos criminosos de 8 de janeiro de 2023, já está em prisão domiciliar. Ela deixou a cadeia na noite desta sexta-feira (28) após a direção do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro receber o alvará expedido pelo STF. As informações são da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo.
O ministro Alexandre de Moraes concedeu a prisão domiciliar até a conclusão do julgamento.
Em depoimento prestado a um juiz auxiliar de Alexandre de Moraes, Débora Rodrigues disse que saiu de Paulínia (SP) e chegou a Brasília no dia 7 de janeiro de 2023, um dia antes dos atos criminosos e permaneceu em frente ao quartel do Exército, local onde se concentravam manifestantes a favor de uma intervenção militar no país.
Ela também confessou que pichou a frase "Perdeu, mané" na estátua da Justiça, mas afirmou que foi induzida por um desconhecido e que, "no calor do momento", praticou o ato utilizando um batom.
Débora Rodrigues dos Santos é acusada de cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado, e estava detida preventivamente desde março de 2023. O julgamento dela foi paralisado no Supremo após o ministro Luiz Fux pedir mais tempo para análise e apontar que a pena de 14 anos de prisão que estava em discussão pode ser revista.