A Anvisa tem 30 dias para avaliar um novo pedido do Instituto Butantan para utilização da vacina CoronaVac em menores de idade. Novos estudos e documentos sobre a eficácia do imunizante chinês para crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos foram entregues nesta quarta-feira à agência de Vigilância Sanitária.
Este é o segundo pedido do laboratório paulista, em parceria com a farmacêutica Sinovac, para liberar a aplicação da fórmula no público mais novo. Em julho, a diretoria da agência negou o uso emergencial da vacina em crianças alegando falta de dados sobre a segurança e eficácia do imunizante para este grupo.
Segundo o Butantan, novas informações dos testes de avaliação realizações pela farmacêutica chinesa foram anexados ao pedido. O laboratório paulista, que é ligado ao Governo de São Paulo, ressalta que a CoronaVac já é utilizada em menores de idade no Chile e no Equador, além de ser responsável pela imunização de 84 milhões de chineses nessa faixa etária.
O uso em outros países e a falta de relatos de efeitos colaterais comprovariam a qualidade do imunizante para crianças e adolescentes, segundo o Butantan.
O governo de São Paulo afirma já ter reservado 12 milhões de doses da vacina para a aplicação nos menores de idade e disse que a imunização começa imediatamente após autorização da Anvisa.
A CoronaVac já tem autorização para uso emergencial da vacina em adultos maiores de 18 anos. A diretoria colegiada agora alisa os dados apresentados e o pedido de inclusão dos menores na bula do imunizante.
Enquanto isso, a Anvisa deve anunciar nesta quinta-feira (16) o resultado da análise dos documentos apresentados pela farmacêutica para liberar a vacinação de menores entre 17 e 14 anos.