Buscas por indigenista e jornalista no Amazonas entram no 9º dia

Polícia Federal desmentiu informação de que os corpos de Bruno Pereira e Dom Phillips foram encontrados

BandNews FM

Familiares de Dom teriam sido avisados sobre o encontro dos corpos. Foto: Reprodução
Familiares de Dom teriam sido avisados sobre o encontro dos corpos.
Foto: Reprodução

A Força-Tarefa de busca pelo indigenista brasileiro Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips entra no nono dia de trabalho concentrado no local em que mergulhadores do Corpo de Bombeiros encontraram pertences dos homens em um igarapé nas proximidades da comunidade São Rafael. Nesta segunda-feira (13), a Polícia Federal negou que tenha encontrados corpos no local e disse que os trabalhos continuam.

Familiares de Dom teriam sido avisados sobre o encontro dos corpos, mas a informação não foi confirmada pelas forças oficiais que atuam na região.

Ainda nesta segunda, indígenas do Vale do Javari realizaram uma manifestação em Atalaia do Norte. Os povos originários pedem maior atenção das autoridades com a região e pedem que o desaparecimento seja esclarecido rapidamente. Eles citam que outros casos de desaparecidos ficaram sem respostas na região.

O protesto dos indígenas também demostra apoio às lideranças que estão à frente da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) e manifesta solidariedade às famílias de Dom Phillips e Bruno Pereira. Segundo os indígenas, a região tem sido alvo constante do ataque de madeireiros, do garimpo ilegal e de narcotraficantes.

A Operação Javari, concentrada nas margens do Rio Itaquaí, encontrou o cartão de saúde com o nome de Bruno Pereira, além de outros itens de Dom Phillips.

No último fim de semana foram encontradas uma calça, botas e chinelos de Bruno Pereira, além de uma mochila com roupas pessoais e um par de botas pertencentes ao jornalista próximo à casa de Amarildo costa de Oliveira, um dos principais suspeitos do envolvimento no caso. 

Um relatório divulgado pela Univaja diz que o suspeito é envolvido em invasões de pescadores e caçadores, além de ser um dos autores de diversos atentados com arma de fogo contra a base de proteção da Funai entre 2018 e 2019. O suspeito já está detido e cumpre prisão temporária.

Indígenas e envolvidos com as buscas relatam as baixas esperanças de encontrarem os desaparecidos com vida.