Buscas por Bruno Pereira e Dom Phillips chegam ao 11º dia

Primeiro-ministro do Reino Unido disse estar preocupado com o desaparecimento e disse estar disposto a auxiliar nos trabalhos de busca

BandNews FM

O embaixador brasileiro no Reino Unido pediu desculpas à família de Dom Phillips Reuters
O embaixador brasileiro no Reino Unido pediu desculpas à família de Dom Phillips
Reuters

As buscas ao indigenista Bruno Pereira e ao jornalista inglês Dom Phillips chegam ao 11° dia nesta quarta-feira (15). Os trabalhos das forças de segurança se concentram em trechos do Rio Itaquaí entre a comunidade de São Rafael e áreas próximas a sede do município de Atalaia do Norte, que concentra a imprensa internacional e pessoas que se deslocaram para a região para auxiliarem nos trabalhos.

O segundo suspeito preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (14) vai passar por audiência de custodia nesta quarta. Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos” é irmão do pescador Amarildo da Costa, preso na semana passada e apontado como suspeito do desaparecimento.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou estar “profundamente preocupado” com as circunstâncias do desaparecimento de Dom Phillips, e disse que fornecerá qualquer suporte preciso para as investigações. O premiê falou em audiência no Parlamento inglês e dá indícios de pressão diplomática contra o Brasil.

Na terça-feira (14) o embaixador brasileiro no Reino Unido, Fred Arruda, pediu desculpas à família de Dom Phillips, por informar incorretamente que corpos foram encontrados.

Conforme publicação do The Guardian, o diplomata alegou que uma equipe multi-agências criada na embaixada de Londres para responder aos desaparecimentos havia sido “enganada” por informações recebidas de "oficiais investigadores”.

Ainda na terça (14), um grupo de trabalho foi criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para acompanhar as ações de busca. O anúncio foi feito pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux. O grupo deve atuar no âmbito do Observatório do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, vinculado ao Conselho.

O presidente da Funai, que também é delegado da Polícia Federal, Marcelo Augusto Xavier, disse que nada vai ficar sem respostas.

A Justiça Federal ainda determinou, nesta quarta (15), que a Funai retire do ar uma nota em que diz que são inverídicas as afirmações de que o indigenista Bruno Pereira tinha autorização para entrar na Terra Indígena Vale do Javari, na Amazônia. Na decisão, a juíza federal, Jaiza Maria Pinto Fraxe, ainda proibiu a fundação de "desacreditar a trajetória" dos desaparecidos.