Bruno Krupp admitiu estar acima dos 100 km/h em acidente que matou adolescente

Modelo prestou depoimento na primeira audiência de instrução do caso

BandNews FM

Modelo prestou depoimento na primeira audiência de instrução do caso Reprodução
Modelo prestou depoimento na primeira audiência de instrução do caso
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Quatro meses após o crime, o modelo Bruno Krupp admite que estava a mais de 100 km/h enquanto pilotava a moto e atropelou e matou o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. 

A afirmação foi feita nesta sexta-feira (11) durante a primeira audiência de instrução do caso, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. 

A velocidade máxima da via é de 60 km/h.

Durante o depoimento, Bruno Krupp admitiu estar acima de 100 km/h, mas disse que que respeitava a sinalização. 

O modelo afirmou que, ao ver os pedestres calculou que teria tempo e espaço para passar sem atingi-los e chegou a tentar jogar a moto para a direita, mas acabou batendo em João assim que o adolescente correu para tentar escapar de ser atropelado.

Ao final do depoimento, Bruno Krupp pediu desculpas à mãe e à família de João Gabriel. 

Por orientação da defesa, o réu se recusou a responder às questões do Ministério Público e do juízo da 4ª Vara Criminal da Capital, respondendo apenas perguntas elaboradas por seus advogados.

A mãe de João Gabriel, que estava com o filho no momento do acidente, também foi ouvida.

Marina Lima é assistente de acusação no caso e contou que ao atravessar com o adolescente, notou que os carros estavam parados à distância e que então viu um vulto passar e arrastar seu filho. 

Além dela, outras três testemunhas de acusação prestaram depoimento.

Pela defesa, testemunharam, como informantes, dois amigos de Bruno e um amigo de seu pai, que contaram que ele costumava frequentar moto-clubes desde pequeno e tinha experiência pilotando motos, paixão que tinha desde a infância. 

Ricardo Molina, assistente técnico contratado pela defesa, também deu depoimento e fez uma análise das causas do atropelamento. 

O relatório apresentado por Molina nega que a velocidade da moto em Krupp estava tenha sido a causa do acidente, mas sim "a abrupta aceleração do passo da vítima em direção à calçada".

O laudo também afirma que o modelo, tentando se esquivar do adolescente, realiza uma manobra correta para a direita, no mesmo instante em que o adolescente acelera o passo e, nesse momento, acontece o atropelamento.