Manifestações em defesa do governo de Jair Bolsonaro estão agendadas para diversas cidades brasileiras neste feriado de 7 de setembro, data em que se celebra a Independência do Brasil. Com pautas como o fechamento do Supremo Tribunal Federal e a defesa do “voto impresso auditável” – projeto já rejeitado pela Câmara dos Deputados – os protestos se concentrarão principalmente na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo.
Esquema de segurança
Brasília
As principais vias da capital federal começaram a ser bloqueadas ainda na noite de domingo (5) para preparar o esquema de segurança durante as manifestações.
Junto à Praça dos Três Poderes, vão estar concentrados apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Em outra ponta do Eixo Monumental, próximo a torre de TV, ficam os manifestantes que são contrários ao governo federal. Já o presidente Jair Bolsonaro participa de evento de hasteamento da bandeira no início da manhã, no Palácio da Alvorada. Cinco mil policiais devem cuidar da segurança.
São Paulo
O governo paulista organiza um megaesquema de segurança para os atos desta terça-feira.
Inicialmente proibidos pelo governador do estado, João Doria, e posteriormente autorizados pela Justiça de São Paulo, protestos contra o líder do Planalto ocorrerão no Vale do Anhangabaú, a apenas quatro quilômetros de distância das manifestações pró-governo.
Para evitar conflitos, 4 mil policiais militares, 1,4 mil veículos, três helicópteros, seis drones, seis blindados, três veículos lançadores de água, 100 cavalos e 20 cães estarão a postos nas ruas. Nunca antes da história de São Paulo houve um esquema tão grande para policiar atos políticos.
CNBB critica convocações de Bolsonaro
O presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil e arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira, publicou na última sexta-feira (3) uma mensagem sobre os atos de 7 de setembro, pedindo que os fiéis "não se deixem convencer por quem agride os poderes legislativo e judiciário".
A fala é uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro e às convocações feitas por ele para os protestos. Dom Walmor disse ainda que o Brasil vem sendo contaminado pela raiva e pela intolerância. O religioso afirmou também que os cristãos não podem ficar indiferentes diante da realidade econômica e do sofrimento dos quase 20 milhões de brasileiros que passam fome.