Brasileiros que tomaram vacina no exterior encontram dificuldade em conseguir registro de vacinação.
As pessoas também enfrentam problemas para tomar a segunda dose no país.
O engenheiro Rafael Ribeiro tomou a vacina da Janssen em Miami e agora que voltou ao Brasil, não consegue viajar para a Europa pois precisa do cartão de vacinação digital do SUS.
"Toda vez agora para sair do Brasil todas as companhias aéreas estão solicitando o cartão digital SUS, para dizer que você tomou as vacinas, isso está sendo obrigatório. Se você não tiver isso a companha aérea não deixa você entrar no avião. Eu não consigo embarcar mais para ir para a fora se não tiver isso, só que eu não tenho isso porque não tomei a vacina aqui."
O problema do Rafael é comum entre brasileiros que se vacinaram no exterior.
Isso porque o comprovante de vacinação emitido em outros países nem sempre é aceito por aqui.
A psicóloga Andrea Gunzburger também tomou a vacina da Janssen na Flórida e se queixa que não teve acesso ao comprovante.
Ela já tentou resolver o problema em unidades de Pronto Atendimento e até pela internet, mas não consegue utilizar o comprovante de vacinação dos Estados Unidos para acessar o passaporte da vacina.
"Agora eu não sei como vou tirar esse passaporte da vacina porque eles não aceitam o comprovante para fazer nem por uma UPA e nem online. Agora não sei nem se vou ter que fazer a dose de reforço. "
A preocupação de quem foi imunizado em outro país é conseguir o passaporte da vacina que, atualmente, é exigido em várias cidades brasileiras.
Além de servir como comprovante de vacinação, o documento determina o acesso da população em eventos de grande concentração de público, como shows, feiras, congressos e jogos.
As pessoas também enfrentam problemas para tomar a segunda dose no país.
Até o momento, não foi criada uma forma de incluir os registros desses brasileiros e imigrantes imunizados, no Sistema Único de Saúde.
No caso da Capital Paulista, a orientação é procurar uma UBS e apresentar o comprovante internacional para completar o ciclo vacinal.
Se o imunizante utilizado fora não estiver disponível no Brasil é possível fazer a intercambialidade.
Por exemplo, quem tomou a Moderna é substituída pela Pfizer.
A vacina Sputinik V pela Astrazeneca.
Já a Sinopharm pela Coronavac.