A Polícia Militar afirma que só foi avisada pela Confederação Brasileira de Futebol que a partida entre Brasil e Argentina no Maracanã teria torcida mista quando todos os ingressos já tinham sido vendidos. Segundo a corporação, a comunicação foi feita apenas no dia na última quinta-feira (16), e as vendas começaram na terça-feira (14) dois dias antes.
A PM ainda classificou como grave o fato de não haver divisão dos torcedores das duas seleções na arquibancada. Antes do clássico, houve confusão entre brasileiros e argentinos antes no início da partida e o jogo chegou a ser atrasado em cerca de meia hora.
As agressões teriam começado após brasileiros vaiarem o hino argentino. Um grupo chegou a arrancar cadeiras e jogar na direção de policiais militares, que utilizaram cassetetes contra os torcedores. O comandante do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios, coronel Vagner Ferreira, alega que a intervenção dos policiais se deu de forma técnica e proporcional. A imprensa argentina condenou a confusão antes do clássico e tratou como a conduta da PM como um "escândalo".
Em nota, a CBF alegou que a realização da partida com torcida mista é o padrão em competições organizadas pela Fifa e pela Conmebol e que outros jogos entre as duas seleções, como a semifinal da Copa América de 2019, também foram disputados dessa forma. A entidade também afirma que o plano de segurança da partida foi debatido com as autoridades do Rio e a Conmebol e aprovado sem qualquer ressalva ou recomendação.