Brasil tem recorde de mortes por dengue pelo 2º ano consecutivo

Previsão para 2024 é entre 1,7 e 5 milhões de casos da doença

Rádio BandNews FM

Brasil tem recorde de mortes por dengue pelo 2º ano consecutivo
O município fica em estado de alerta para dengue
foto: ilustração

Em 2023, o Brasil bateu o recorde de mortes decorrentes de infecção pelo vírus da dengue. No ano passado, foram 1.094 óbitos contra 1.053 de 2022 - que já era um recorde. O aumento se deu principalmente em zonas rurais.

A doença, à princípio, era espalhada em centros urbanos, porém, no ano passado, a aparição do mosquito em locais onde não haviam registros da doença anteriormente provocou mais mortes.

São Paulo foi o estado com o índice mais alto no país: 286 óbitos em decorrência do vírus, 43,2% a menos quando comparado com o recorde estabelecido em 2015, quando 504 pessoas faleceram por causa do Aedes aegypti. 

Com exceção do Acre, do Amapá e de Roraima, todos os outros estados brasileiros registraram ao menos uma morte causada por dengue no último ano.

Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, a previsão do Ministério da Saúde para 2024 varia entre 1,7 e 5 milhões de casos. Não é possível estimar a quantidade de mortes em decorrência do vírus, pois cada corpo reage de uma forma.

"Temos uma estimativa de que a região Centro-Oeste ficará num nível epidêmico, porque muitas pessoas lá não tiveram a doença - por uma circulação menor do vírus -, principalmente as crianças e os idosos, grupos que nos preocupam. O Sudeste tem alerta especial para Minas Gerais e Espírito Santo, com potencial epidêmico. O Paraná tem potencial muito alto e o Nordeste vai aumentar, mas as nossas modelagens indicam que ficará abaixo do limiar epidêmico", comentou.

Uma novidade para 2024 é a distribuição da vacina contra dengue no Sistema Único de Saúde. 

O imunizante também fará parte do Programa Nacional de Imunizações. No entanto, não será utilizado em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório fabricante, Takeda, afirmou ter uma capacidade restrita de fornecimento de doses.

A vacinação será focada, num primeiro momento, em público e regiões prioritárias, com definição de estratégias de utilização das doses disponíveis prevista para ocorrer nas primeiras semanas de janeiro.