A Secretaria Municipal de Saúde do Rio monitora as cinco pessoas que tiveram contato com o homem infectado pela varíola dos macacos. Esse foi o primeiro caso da doença confirmado no Rio de Janeiro.
Segundo a Prefeitura, o paciente, de 28 anos e que não teve o nome divulgado, mora em Londres e chegou à capital fluminense no último dia 11. Com sintomas, ele procurou o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, onde passou por exame que constatou a infecção.
Ainda de acordo com o município, o homem está em isolamento domiciliar e tem sintomas leves. Ele apresentou febre, erupções na pele e mal estar. Apesar de ser o primeiro caso no Estado, o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado, reforça a necessidade de cuidados básicos para evitar o contágio.
A transmissão de Monkeypox ocorre principalmente por contato próximo a pessoas infectadas, como abraços, beijos, relações sexuais ou secreções respiratórias próximos e por tempo prolongado. O contágio também acontece por objetos, tecidos e superfícies utilizadas pelo doente.
Depois da infecção, leva-se geralmente de 5 a 21 dias para os sintomas surgirem, que geralmente são leves e desaparecem por conta própria em cerca de três semanas. Apesar do nome, o infectologista José Branco explica que a transmissão, na prática, não possui relação com macacos.
Esse é o quinto caso confirmado no Brasil da doença. Outras três pessoas em São Paulo e uma no Rio Grande do Sul também apresentam resultado positivo para a varíola dos macacos.
Nesta quarta-feira (15), o Ministério da Saúde descartou a morte pela doença em um paciente de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A vítima, um policial penal de 41 anos, não possuía histórico de viagem e não teve contato com nenhum caso suspeito ou confirmado.
O Laboratório de Enterovírus da Fiocruz foi nomeado como Laboratório de Referência do Ministério da Saúde em monkeypox, a varíola dos macacos.
A unidade vai analisar amostras suspeitas de infecção pelo vírus provenientes do estado do Rio de Janeiro e de toda a região Nordeste.
Um caso suspeito é investigado na Bahia pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia. O paciente está internado em um hospital da rede privada.
Até agora, a doença já matou mais de 70 pessoas em países onde ela é considerada endêmica, como áreas de floresta tropical na África Central e na África Ocidental.