O Brasil registrou 65.146 casos de malária nos primeiros seis meses de 2024. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número corresponde a 46% do registrado em 2023, quando houve 140.275 casos.
Estados da região amazônica concentram o maior número de infectados pela doença. 62 mil diagnósticos foram registrados nos estados do Amazonas, Roraima, Pará, Rondônia e Acre, totalizando cerca de 95% do total do país.
Na Bahia, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), 13 casos da doença e duas mortes já foram confirmados de janeiro a julho. O número é maior do que o registrado em todo o ano de 2023, quando houve 11 casos. Os óbitos aconteceram na capital baiana, onde também está concentrado seis dos 13 diagnósticos. Esses são os primeiros óbitos em seis anos no estado.
De acordo com a Sesab, todos os casos são importados. Os últimos registros por conta de infecções pela doença aconteceram em 2018, na cidade de Wenceslau Guimarães, no baixo Sul do estado.
A malária é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito de gênero Anopheles. O diagnóstico correto da doença leva em consideração se o paciente viajou para alguma área de risco, já que os sintomas são parecidos com os de doenças como dengue e chikungunya. A malária pode ser causada por dois tipos de protozoários e a gravidade do quadro depende de qual deles contaminou o paciente.
Alguns dos sintomas da doença incluem mal-estar, calafrios, e suor intenso. Dependendo do protozoário, o paciente pode enfrentar graves anemias.
Se uma pessoa com malária não for tratada da maneira correta, ela pode ser fonte de infecção por meses ou anos, dependendo da espécie do parasita.