O Brasil fechou o mês de março com a criação de 136.189 empregos formais, segundo o mais recente balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O número é menor do que os 153.431 postos gerados no mesmo mês de 2021.
O estoque de empregos formais, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos no país, encerrou março 41,2 milhões de empregados, variação de positiva de 0,33% em relação ao mês anterior.
No retrato por região, destaque para o Sudeste. Foram 75.804 novas vagas criadas. Na sequência, aparece o Sul, com 33.601, o Centro-Oeste, com 20.262 e Norte, com 9.357. No Nordeste, o saldo foi negativo – foram 4.963 demissões a mais do que contratações.
A explicação do Ministério do Trabalho e Previdência para o saldo negativo no Nordeste é o período de desmobilização do setor de cana-de-açúcar, especialmente nos estados de Sergipe, Pernambuco e Alagoas, com demissão de trabalhadores temporários.
Em março, 23 das 27 registraram saldos positivos na geração de empregos. Os melhores resultados ficaram com São Paulo (34.010 postos), Minas Gerais (27.452 postos) e Rio Grande do Sul (13.744 postos). Já os estados com piores saldos foram justamente do Nordeste: Sergipe (-2.502 postos), Pernambuco (-6.091 postos) e Alagoas (-10.029 postos).
AUSTING RATING FAZ UM ALERTA
Segundo um levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, elaborado com projeções do Fundo Monetário Internacional, a taxa de desemprego no Brasil deve ficar entre as maiores do mundo em 2022.
No ranking, que inclui as projeções do FMI para um conjunto de 102 países, o Brasil aparece com a 9ª pior estimativa de desemprego no ano, 13,7%. O índice é bem superior à média global prevista para o ano, de 7,7%,, da taxa dos emergente, 8,7%, e é a 2ª maior entre os membros do G20 – atrás só da África do Sul - 35,2%.
A taxa média de desemprego no Brasil em 2021 foi de 13,2%, contra 13,8% em 2020, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).