Braga Netto passa por audiência de custódia após ser preso pela PF

General é acusado de obstruir investigação da tentativa de golpe de Estado

Braga Netto passa por audiência de custódia após ser preso pela PF
Walter Braga Netto
José Cruz/Agência Brasil

A audiência de custódia do general Walter Souza Braga Netto, ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022, é realizada ainda neste sábado (14), por videoconferência. O

ex-ministro da Defesa foi preso ainda durante a manhã em Copacabana, na zona sul do Rio, onde mora.

Braga Netto é alvo em um inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito no mesmo ano.

O ex-ministro é levado para a Vila Militar, na zona oeste da capital fluminense.

De Copacabana, Braga Netto foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, na zona portuária do Rio, antes de ir ao Comando Militar do Leste, na região central da cidade.

O mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, além de uma medida cautelar diversa da prisão contra suspeitos que estariam atrapalhando o processo de produção de provas durante a instrução processual penal.

A Polícia Federal também realizou buscas na casa de Braga Netto e do assessor, coronel Peregrino, em Brasília, no Distrito Federal. O ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022 é acusado de planejar o suposto golpe de Estado.

Segundo a Polícia Federal, as medidas têm como objetivo evitar a reiteração de ações ilícitas.

Segundo informações obtidas pela Band em Brasília, o general e o assessor dele tentaram descobrir informações sobre o que foi dito na delação do tenente-coronel Mauro Cid. A medida foi interpretada pela PF como obstrução de justiça.

Braga Netto é general da reserva do Exército, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro e foi candidato a vice na chapa que perdeu a eleição de 2022.

A Polícia Federal indiciou Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid por tentativa de golpe de Estado.

Também estão na lista de investigados os ex-ministros do governo Bolsonaro, ex-comandante do Exército e da Marinha, militares da ativa e da reserva e ex-assessores do ex-presidente.

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