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Bolsonaro volta a atacar urnas em reunião com embaixadores

Presidente da República também criticou ministros do STF e do TSE

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Marcello Casal Júnior/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro recebeu mais de 40 embaixadores de outros países, no Palácio da Alvorada, para tratar do processo eleitoral do Brasil e da segurança das urnas eletrônicas.  

O encontro, realizado nesta segunda-feira (18), ocorreu como uma espécie de resposta a outra reunião feita pelo Tribunal Superior Eleitoral, que reafirmou a segurança do sistema de votação. 

Na época, Bolsonaro classificou o ato como um “estupro” contra a democracia. O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, pediu naquela ocasião que a comunidade internacional ficasse em alerta durante as eleições no Brasil, mostrando preocupação sobre os ataques às urnas eletrônicas.  

Durante a reunião, Jair Bolsonaro insistiu em questões já desmentidas pelo TSE, argumentando que as urnas não são seguras e que os votos são contabilizados por uma empresa terceirizada.  

O presidente chegou a ser orientado, por assessores, a não realizar a reunião com embaixadores – mas, mesmo assim, insistiu na ofensiva. Bolsonaro também voltou a fazer ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele afirmou que foi acusado por Moraes de divulgar notícias falsas pela internet e que há uma perseguição e falta de respeito por parte do magistrado.  

O presidente Jair Bolsonaro disse, ainda, que a reunião tinha o objetivo de reforçar a segurança do processo eleitoral do Brasil e que o lado derrotado na eleição de outubro terá que aceitar o resultado.  

Por fim, o Chefe do Executivo atacou os ministros Edson Fachin e Roberto Barroso, atual e ex-presidente do TSE, afirmando que eles têm interesses pela extrema esquerda do Brasil.  

Bolsonaro também falou que ainda há tempo para que o Tribunal Superior Eleitoral atenda às recomendações feitas pelas Forças Armadas e que o momento não é de instabilidade ou ruptura. 

Convidados, os presidentes do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal recusaram o convite para o encontro. Edson Fachin, do TSE, alegou que, como chefe do tribunal que julga as ações dos candidatos, não poderia comparecer por dever de imparcialidade. Já Luiz Fux, do STF, justificou que está em viagem, fora do Brasil. 

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