No primeiro dia oficial de campanha, os principais nomes na disputa presidencial concentram forças no Sudeste nesta terça-feira (16). Com o pedido explícito de voto liberado, os líderes nas pesquisas de intenção de votos estão em Minas Gerais e em São Paulo, os dois maiores colégios eleitorais do país.

O presidente Jair Bolsonaro, candidato do Partido Liberal à reeleição, foi a Juiz de Fora e passou pelo mesmo local em que foi esfaqueado durante a campanha de 2018. Acompanhado do candidato à vice, General Braga Neto, e da primeira-dama Michelle Bolsonaro, o chefe do Executivo discursou a apoiadores.

Bolsonaro alegou que quando assumiu a presidência, o Brasil estava à beira de um colapso, caminhando em direção ao socialismo. O presidente também disse que defende a liberdade e comparou as medidas restritivas adotadas durante a pandemia da Covid-19 com regimes anti-democráticos.

Na sequência, o presidente seguiu uma motociata em direção ao Calçadão Halfeld, no Centro, local da facada há quase quatro anos.

Já o ex-presidente Lula está em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, para um ato político na fábrica da Volkswagen. Em uma postagem no Twitter, o petista convocou os apoiadores para a campanha “nas ruas e nas redes” e escreveu que vai levar uma mensagem de esperança ao país.

Um ato previsto para a manhã desta terça-feira (16), em uma fábrica no ABC foi cancelado por conta das preocupações com a segurança do candidato. A Polícia Federal, responsável pela segurança dos políticos que pleiteiam o Palácio do Planalto, disse não ter tempo hábil para as conferências internas para a visita de Lula. O petista tem a segurança considerada mais vulnerável pelos policiais por conta do clima político no país.

Em São Paulo, Ciro Gomes, do PDT, caminhou por Guaianases, na periferia de São Paulo, e defendeu um projeto da renda mínima.

Também em São Paulo, Simone Tebet, do MDB, conversou com líderes do setor cultural, na zona oeste da metrópole paulistana. Um almoço em um shopping da cidade foi cancelado e há previsão que ela faça gravações para a propaganda eleitoral que começa no próximo dia 26 de agosto.

Neste ano, a campanha oficial tem duração prevista de 46 dias e segue até o dia 1º de outubro. É o menor período de propaganda deste 1994.

O primeiro turno acontece no dia 2 de outubro e o segundo turno, em caso de necessidade, está marcado para o dia 30 do mesmo mês.

Também disputam a vaga de presidente os seguintes nomes: Constituinte Eymael, do Democracia Cristã; Luiz Felipe D’Avila, do Novo; Leonardo Pericles, da Unidade Popular; Roberto Jefferson, do PTB; Sofia Manzano, do PCB; Soraya Thronicke, do União Brasil; e Vera Lúcia, do PSTU.

O Pros também registrou o nome do coach Pablo Marçal como candidato, mas o partido vive uma disputa judicial pelo comando da legenda e, nesta segunda-feira (15), anunciou apoio ao nome de Luiz Inácio Lula da Silva. O registro deve ser impugnado pelo próprio partido no TSE.

À noite, em Brasília, os quatro principais nomes na disputa ao Planalto se encontram na cerimônia de posse de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral. São esperados quase dois mil convidados na cerimônia.