O presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta neste sábado (29) à Polícia Federal justificando ter exercido o direito de ausência ao não comparecer para prestar depoimento no inquérito que apura o vazamento de informações sigilosas durante uma transmissão ao vivo.
A Advocacia-Geral da União já tinha entrado com recurso no Supremo Tribunal Federal para impedir o depoimento, mas ele foi recusado pelo ministro Alexandre de Moraes.
No texto enviado à PF, Bolsonaro citou duas ações julgadas pelo STF, onde o tribunal proibiu a condução coercitiva, ato no qual um juiz manda a polícia levar um investigado ou réu para depor num interrogatório.
Bolsonaro é acusado de ter divulgado informações sigilosas de um processo judicial que apurava supostas tentativas de invasão ao sistema da Justiça Eleitoral. O presidente usou o processo para reafirmar um discurso contra o voto eletrônico em uma transmissão na internet.
Nesta sexta-feira (28), o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido de Jair Bolsonaro para não depor presencialmente na Polícia Federal.