O presidente Jair Bolsonaro decidiu nesta sexta-feira (28) recorrer da decisão que o obriga a prestar depoimento presencialmente na investigação sobre a divulgação de inquérito sigiloso do Supremo Tribunal Federal.
As informações são da repórter Nathália Pase.
Nesta quinta-feira (27), o ministro Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro comparecesse na sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.
A Advocacia-Geral da União deve protocolar o recurso antes do horário marcado para o depoimento, às 14h.
Por volta do meio dia desta sexta (28), o presidente saiu do Palácio do Planalto e foi em direção ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
O chefe do Executivo já havia solicitado que Moraes o dispensasse do depoimento, mas o magistrado negou a solicitação ainda em 2021 e ordenou que a oitiva fosse agendada até o dia 28 de janeiro. O presidente não marcou uma data para prestar esclarecimentos durante o período disponibilizado pelo magistrado e então teve o depoimento marcado à revelia.
A ministra Rosa Weber, vice-presidente do STF, é quem está no plantão do Judiciário e seria a responsável por decidir pelo recurso do presidente.
Ainda não há informações sobre as sanções ao presidente caso ele de fato não compareça ao depoimento.
Bolsonaro é acusado de ter divulgado informações sigilosas de um processo judicial que apurava supostas tentativas de invasão ao sistema da Justiça Eleitoral. O presidente usou o processo para reafirmar um discurso contra o voto eletrônico em uma transmissão na internet.