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Bolsonaro presta depoimento na PF sobre falsificações em cartões de vacinação

Registros apontam fraude nas carteiras de imunização de Jair Bolsonaro e da filha de 12 anos, Laura

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Bolsonaro presta depoimento na PF sobre falsificações em cartões de vacinação
Foto: Isac Nóbrega/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta novo depoimento nesta terça-feira (16) à Polícia Federal sobre a suposta falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.

As investigações da Operação Venire apontam fraude nos registros do próprio político, da filha dele Laura, de assessores e familiares.

Jair Bolsonaro passou a segunda-feira (15) se preparando com advogados para ir à sede da PF em Brasília. A oitiva está prevista para 14h.

A expectativa é que ele reforce aos agentes que sempre se negou a tomar a vacina contra a Covid-19 e jamais cometeu irregularidades.

De acordo com a colunista da BandNews FM Mônica Bergamo, a estratégia da defesa de Bolsonaro será negar qualquer envolvimento dele no esquema e apontar a responsabilidade para Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens da Presidência. Os advogados de defesa acreditam que o aliado irá assumir toda a culpa pelas falsificações.

Mensagens apontam que o militar também pode estar envolvido com um esquema de lavagem de dinheiro. Com base na quebra de sigilo telefônico, a Polícia Federal localizou transações da conta pessoal de Mauro Cid para pagar contas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O relatório aponta movimentação de mais de R$ 400 mil em dinheiro vivo, de forma fracionada, o que dificulta a identificação dos valores.

Procurada, a defesa da ex-primeira-dama afirmou que Michelle sempre pagou as despesas com recursos próprios. Segundo o advogado e ex-secretário de comunicação do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, o objetivo da movimentação era proteger dados pessoais do ex-presidente.

Essa é a terceira vez que o político presta depoimento na Polícia Federal desde que retornou dos Estados Unidos em março. Ele já foi ouvido sobre o recebimento de joias sauditas e sobre um possível envolvimento com os atos criminosos de oito de janeiro.

A Operação Venire foi deflagrada no dia três de maio e cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro em Brasília. Os agentes apreenderam o telefone do ex-presidente.