O presidente Jair Bolsonaro não compareceu à 60ª Cúpula do Mercosul, realizada quarta (20) e quinta-feira (21), na cidade de Luque, no Paraguai. Todos os outros presidentes estavam presentes: Mario Abdo (Paraguai), Alberto Fernández (Argentina) e Luis Lacalle Pou (Uruguai). Essa foi a primeira vez, desde o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020, que o Mercosul fez um encontro presencial.
Bolsonaro encaminhou um vídeo defendendo a redução da Tarifa Externa Comum do bloco, que foi aprovada. A TEC prevê alíquotas únicas para um mesmo produto na importação entre os países do bloco. A ideia evita disputas tarifárias dentro do Mercosul: “O Brasil tem atuado para que o Mercosul tenha papel importante no enfrentamento dos atuais choques externos. Por isso, defendemos a redução da TEC, o que dará importante contribuição no combate à inflação” - disse Bolsonaro. A fala durou pouco mais de três minutos.
Ainda durante a 60ª Reunião Ordinária, o Conselho do Mercado Comum anunciou a conclusão do processo de negociações para assinatura de um acordo de livre comércio com Singapura. Só no ano passado, o intercâmbio entre o bloco e o país movimentou cerca de US$ 7 bilhões. Entre os principais produtos exportados pelo Mercosul estão carnes, ligas metálicas e minério de ferro. Já o bloco importa inseticidas, circuitos integrados, medicamentos e embarcações.
No início do encontro de líderes do Mercosul, o Itamaraty chegou a informar que o Brasil seria representado apenas pelo ministro de Relações Exteriores, Carlos França.