O presidente Jair Bolsonaro recebeu alta na manhã desta quarta-feira (5) depois de três dias internado no Hospital Vila Nova Star, na Zona Sul de São Paulo. O chefe do Executivo foi internado na madrugada de segunda-feira (3) para tratar uma obstrução intestinal. No período em que esteve como paciente, Bolsonaro publicou fotos nas redes sociais e foi acusado de politizar a doença, o que foi negado por ele na saída da unidade de saúde.
Na manhã desta quarta, o presidente conversou com jornalistas que estavam no hospital para acompanhar a quadro de saúde dele. No início, o médico Antônio Luiz Macedo, responsável pelo tratamento do presidente, explicou a situação da obstrução intestinal e reafirmou que os problemas são em decorrência da facada que Bolsonaro foi vítima em 2018.
O presidente voltou a defender uma nova investigação no caso da facada e disse que há pessoas poderosas por trás de Adélio Bispo, que foi considerado inimputável por ter problemas mentais. Bolsonaro insiste que há um mandante por trás do caso, embora a Polícia Federal já tenha descartado a situação em outras investigações. Com autorização do Supremo Tribunal Federal para a quebra do sigilo telemático, a investigação será reaberta para saber quem financiou os advogados que atuaram em nome de Adélio.
Sobre a eleição deste ano, o presidente disse que há candidatos oferecendo ministérios em troca de apoio político e negou que fará isso. O chefe do Executivo também negou que a ministra Flávia Arruda, da Secretaria de Governo, será substituída. A deputada federal estaria sob fogo cruzado de membros do Centrão, bloco de partidos visiológicos que apoiam o presidente, que reivindicam o cargo.
Ainda sobre as eleições, Jair Bolsonaro disse que o Ministério da Defesa vai participar do acompanhamento do processo eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral e disse que foram fragilidades nas urnas eletrônicas. Bolsonaro não deu detalhes das supostas fragilidades, mas disse que as eleições só ocorrerão se forem limpas.
O presidente disse que mesmo em Santa Catarina, continuou trabalhando. Ele classificou os projetos sancionados nesse período como “fantástico” e criticou a Anvisa por recomendar a paralisação dos navios de cruzeiro no Brasil.
O chefe do Executivo volta para Brasília ao longo desta quarta-feira (5) e vai retomar todas as atividades já previstas, até as viagens. No entanto, a equipe médica recomendou que sejam evitados grandes esforços físicos.