O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado a prestar um novo depoimento à Polícia Federal no próximo dia 31 sobre uma troca de mensagens entre empresários em um grupo de WhatsApp que discutia uma tentativa de golpe de Estado.
Ontem, o relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, arquivou os processos contra seis dos oito empresários investigados. Já Luciano Hang (Havan) e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa) continuam sujeitos a diligências da PF por mais 60 dias.
Nas mensagens, os empresários, que apoiavam a reeleição Bolsonaro, defenderam um golpe de Estado, caso Lula vencesse as eleições presidenciais de 2022. Foram encontradas, no celular de Nigri, mensagens com ataques a ministros do STF e notícias falsas sobre urnas eletrônicas e pesquisas.
A defesa do ex-presidente pediu acesso aos autos da investigação antes do depoimento. Jair Bolsonaro foi ouvido pela PF em outras quatro investigações: joias sauditas, atos criminosos de 8 de janeiro, fraude em cartões de vacinação e plano de golpe no TSE com o senador Marcos do Val (Podemos-ES).