O âncora de "O É da Coisa", Reinaldo Azevedo, comenta o resultado das eleições municipais e analisa o desempenho de partidos de esquerda, direita e centro. O jornalista destaca que, numericamente, o PSD foi o grande vencedor deste pleito, elegendo 877 prefeitos, incluindo cinco capitais. Mas pondera que a definição de uma conquista ou derrota depende da inclinação e preferência de quem analisa.

Na opinião de Reinaldo Azevedo, é falsa a tese de que a eleição evidenciou um enfraquecimento da polarização. "Não pode perder força o que nunca existiu", comenta. Segundo o âncora, "vimos a força da extrema direita diminuída", com o ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos grandes derrotados após o desempenho do PL ficar abaixo do esperado, conquistando 1/3 das prefeituras pretendidas.

O jornalista diz que os resultados formam "apenas o glacê, e não o bolo", escondendo um panorama maior: partidos bem sucedidos no pleito municipal deste ano compõem o governo Lula. Apesar disso, são legendas que não têm nomes para disputar futuramente o cargo da Presidência da República, o que abre caminho para a construção da imagem de Tarcísio de Freitas como um político de Centro.

No entanto, para Reinaldo Azevedo, o governador de São Paulo "precisa primeiro virar um direitista democrático e caminhar um pouco para esqueda" para ser considerado, de fato, um centrista, que, segundo ele, "não comete crime eleitoral" como fez ao relacionar Guilherme Boulos ao PCC. "A eleição também evidenciou uma coisa: o Centro da política brasileira continua a ser Lula", conclui.