O presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a decisão da Anvisa e disse que a agência virou um outro Poder nesta quinta-feira (6). Em transmissão pela internet, o presidente fez novas críticas e disse – mais uma vez – que não vai vacinar a filha dele.
Além disso, o chefe do Executivo também minimizou o número de mortes causadas pela doença em crianças, afirmando que não existe nenhum caso nesta faixa etária. No entanto, o próprio Ministério da Saúde do governo contabiliza 308 mortes de crianças de 5 a 11 anos desde o começo da pandemia.
Bolsonaro também chamou quem defende a imunização de "tarados por vacina". Ele fez uma menção aos efeitos adversos raríssimos, mas também não disse que todas as bulas de remédios e vacinas contém a descrição de efeitos colaterais muito raros.
Em nota, a Sociedade Brasileira de Pediatria disse que o Brasil deve temer a doença, nunca o remédio e que a vacina previne dor, morte, emergências e internações, independentemente da faixa etária.
A entidade lembrou ainda que estudos comprovaram a eficácia e a segurança da vacina da Pfizer.
As agências dos Estados Unidos e da União Europeia - referências internacionais de autoridades sanitárias - também aprovaram a imunização de crianças com as doses da farmacêutica.