O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (06), em reunião privada com ministros no Palácio do Planalto, que vai indicar André Mendonça para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal. O atual ocupante da cadeira, o ministro Marco Aurélio Mello, vai deixar o posto no próximo dia 12 de julho, quando completa 75 anos de idade.
Mendonça é o atual comandante da Advocacia-Geral da União, responsável por representar o governo federal em processos de interesse da União no STF. Ele também é pastor da igreja Presbiteriana. Com isso, o presidente cumpre a promessa de indicar um “terrivelmente evangélico” para o posto na mais alta corte do país. Pastores aliados ao presidente têm pressionado pela nomeação de um evangélico para defender causas conservadoras no Supremo.
O atual AGU também foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Ele substituiu o ex-juiz Sérgio Moro, que abandonou o ministério após acusar o presidente de interferência política na Polícia Federal.
A indicação de André Mendonça deve ser oficializada apenas após a aposentadoria do ministro Marco Aurélio e é preciso aprovação do Senado para o novo ministro assuma a cadeira.
MUDANÇA NA AGU
Nesta terça-feira (06), o governo publicou no Diário Oficial da União mudanças na hierarquia da AGU. O substituto eventual do Advogado-Geral da União será Tercio Issami Tokano, que substitui Fabrício da Soller.
Caso a saída de Mendonça seja confirmada, caberá a Tercio Tokano representar o governo no STF até a indicação de um novo comandante da AGU.