Extremistas que estavam acampados nos arredores do Quartel-General do Exército em Brasília começaram a deixar o local nesta segunda-feira (9). O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou na noite de domingo (8) a desocupação das áreas militares.
A Polícia Militar do Distrito Federal e a Força Nacional cercam o QG localizado no Setor Militar Urbano da capital federal.
O local conta com barracas e estrutura montada deste a eleição do segundo turno. Grupos extremistas que insistem em negar o resultado das eleições pedem a intervenção militar.
A colunista da BandNews FM Mônica Bergamo apurou que o Exército negou a entrada da PM na área militar e ficou responsável pela retirada do grupo radical.
Parte dos golpistas que agiram na Praça dos Três Poderes na tarde de domingo (8) saíram do QG do Exército e marcharam em direção à Esplanada dos Ministério com a escolta dos policiais militares.
A inação das forças de segurança do Distrito Federal e a omissão na retomada das atividades fez com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinasse a intervenção federal na segurança pública do DF.
Antes dos atos de violência contra a sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em Brasília, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que os acampamentos golpistas estavam arrefecendo e que seriam desmobilizados espontaneamente.
Na sexta-feira (6), Múcio apresentou um relatório ao presidente Lula afirmando que o número de manifestantes caiu de 38 mil para 3 mil em frente aos quartéis militares desde a diplomação do presidente.
Embora a movimentação em Brasília indique a desocupação do espaço militar, ainda existem acampamentos golpistas montados em São Paulo, no Rio de Janeiro e capitais nordestinas.
Na capital fluminense, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que ainda ao longo desta segunda (9) serão retirados os manifestantes que se reúnem no Palácio Duque de Caxias, sedo do Comando Militar do Leste, no Centro.