O Supremo Tribunal Federal manteve, nesta segunda-feira (2), a validade do júri que condenou os quatro réus pelo incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, que deixou 242 mortos em 27 de janeiro de 2013.
A decisão acolheu os recursos apresentados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e pelo Ministério Público Federal (MPF).
Com a medida, os réus serão presos. Elissandro Spohr, era sócio da boate e foi condenado a 22 anos seis meses de prisão. Mauro Hoffmann, outro sócio, cumprirá 19 anos e seis meses de prisão.
Os integrantes da banda Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha foram condenados a 18 anos de detenção.
A defesa de Marcelo de Jesus informou que recebeu a notícia da prisão e lamentou que a decisão tenha tramitado de forma sigilosa às defesas, em um movimento silencioso. “Fomos tomados de surpresa por uma decisão que ainda não sabemos o teor”, declarou. Ainda em nota, a defesa chamou a decisão do STF de antidemocrática.
O júri sobre o caso ocorre desde dezembro de 2021, encerrando com a condenação dos quatro réus pelo incêndio. Porém, o julgamento foi anulado em agosto de 2022 pelo Tribunal de Justiça (TJ), por alegações de irregularidades na escolha dos jurados, ilegalidades nos quesitos elaborados e suposta mudança da acusação na réplica, o que não é permitido.