A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, repercutiu durante a manhã desta terça-feira (17) sobre as pesquisas internas que as campanhas para a prefeitura de São Paulo passaram a fazer sobre a opinião pública da 'cadeirada' que José Luiz Datena (PSDB) deu em Pablo Marçal (PRTB) no debate promovido pela TV Cultura no último domingo (15).
De acordo com a jornalista, mesmo com as críticas veiculadas na imprensa sobre a agressão do candidato tucano, a reação do eleitorado foi de "surpresa" e de "compreensão". Não houve, no entanto, concordância sobre a atitude de Datena.
As reações foram medidas através de pesquisas qualitativas internas, onde as campanhas reúnem grupos de eleitores que estão indecisos - ou que tendem a algum lado ideológico - para reagir e opinar sobre o debate.
"Os [eleitores] que estavam reunidos para assistir reagiram dizendo que o Marçal provocou o Datena, e que o Datena teve até paciência demais, que o Marçal só vai ao debate para ‘tumulturar’, que o Datena agiu de maneira errada, mas compreensível. Houve uma compreensão. Não aprovação, mas entendimento de que ele perdeu a cabeça e isso poderia ter acontecido com qualquer um", pontuou.
Bergamo também apurou que as comparações feitas por Marçal, entre a 'cadeirada' que tomou de Datena e a facada que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sofreu durante a campanha presidencial de 2018, não foram bem aceitas pelos bolsonaristas.
“A reação, apesar do Marçal ser uma vítima, na parte física da agressão, [houve uma reação] bem diferente do que 2018 quando Bolsonaro levou a facada. Todos os candidatos se solidarizaram com Bolsonaro. […] Nos bastidores, por exemplo, foi o Datena que recebeu ligações e mensagens dos outros candidatos”, ressaltou.