A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, deu detalhes da nomeação de Macaé Evaristo (PT) como nova ministra dos Direitos Humanos. A chegada da deputada estadual em Minas Gerais ocorre após a saída de Silvio Almeida, acusado de importunação sexual e assédio sexual.
A jornalista destaca que a expectativa do governo era de que a nomeação de Macaé, uma professora e com repertório de atuação na área educacional, fosse triunfar e amenizar a saída traumática do ex-ministro.
No entanto, o que era pra ser uma entrada triunfal de uma mulher negra, acabou embaçado pela informação de que ela precisou fazer um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais para encerrar três ações de improbidade administrativa sobre a gestão dela na secretaria de Educação do estado de Minas Gerais.
Essas ações investigavam a aquisição de carteiras escolares durante o período em que ela ocupou o órgão.
"A manchete acabou virando isso e houve um incômodo grande, em setores do governo. Algumas pessoas sabiam e não houve uma prevenção contra isso, uma resposta pronta. Ela chegou a ter os bens bloqueados, a ministra, porque houve o entendimento de que tinha superfaturamento nas compras", explicou.
"Bloquearam os bens dela, bens de empresa. Mas ações de improbidade, não é crime ou prisão. É preciso ressarcir os cofres públicos do prejuízo. Mas ela não tinha bens, móveis ou imóveis. Então foi feito um acordo. Ela pagou R$ 10.440 e tudo foi encerrado. A ministra já entrou tendo que dar explicações após o ex-ministro sair dando explicações", completou.
Nomeada oficialmente como nova ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé irá alternar, inicialmente, os trabalhos em Brasília e Minas Gerais, já que está se licenciando do cargo de deputada estadual, mas ainda deve finalizar as agendas e compromissos locais em seu mandato na Assembleia Legislativa.