Mônica Bergamo: Governo se irrita com ações de improbidade contra Macaé Evaristo

Palácio do Planalto se incomodou com as investigações contra nova ministra dos Direitos Humanos; deputada estadual em Minas Gerais fez um acordo com Ministério Público para encerrar as ações

Mônica Bergamo: Governo se irrita com ações de improbidade contra Macaé Evaristo
Presidente Lula (PT) e a nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo
Ricardo Stuckert / PR

A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, deu detalhes da nomeação de Macaé Evaristo (PT) como nova ministra dos Direitos Humanos. A chegada da deputada estadual em Minas Gerais ocorre após a saída de Silvio Almeida, acusado de importunação sexual e assédio sexual.

A jornalista destaca que a expectativa do governo era de que a nomeação de Macaé, uma professora e com repertório de atuação na área educacional, fosse triunfar e amenizar a saída traumática do ex-ministro.

No entanto, o que era pra ser uma entrada triunfal de uma mulher negra, acabou embaçado pela informação de que ela precisou fazer um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais para encerrar três ações de improbidade administrativa sobre a gestão dela na secretaria de Educação do estado de Minas Gerais.  

Essas ações investigavam a aquisição de carteiras escolares durante o período em que ela ocupou o órgão.  

"A manchete acabou virando isso e houve um incômodo grande, em setores do governo. Algumas pessoas sabiam e não houve uma prevenção contra isso, uma resposta pronta. Ela chegou a ter os bens bloqueados, a ministra, porque houve o entendimento de que tinha superfaturamento nas compras", explicou.

"Bloquearam os bens dela, bens de empresa. Mas ações de improbidade, não é crime ou prisão. É preciso ressarcir os cofres públicos do prejuízo. Mas ela não tinha bens, móveis ou imóveis. Então foi feito um acordo. Ela pagou R$ 10.440 e tudo foi encerrado. A ministra já entrou tendo que dar explicações após o ex-ministro sair dando explicações", completou.

Nomeada oficialmente como nova ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé irá alternar, inicialmente, os trabalhos em Brasília e Minas Gerais, já que está se licenciando do cargo de deputada estadual, mas ainda deve finalizar as agendas e compromissos locais em seu mandato na Assembleia Legislativa.

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