Bergamo: Comitê Olímpico Brasileiro levará psicólogo, psiquiatra e coach a Paris

Foco do COB será em auxiliar a parte mental dos atletas e dar suporte a questões dentro e fora das quadras; time completo irá contar com cinco psicólogos, um psiquiatra e um coach

A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, deu detalhes da comitiva que irá integrar o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) na viagem aos Jogos Olímpicos de Paris, na França.

De acordo com a jornalista, o COB irá levar um grupo de apoio e suporte a saúde mental dos atleta, que contará com cinco psicólogos, um psiquiatra e um coach.  

"Estava conversando com pessoal do futebol feminino e também tem um psicólogo acompanhando as meninas. Então, além da estrutura do Comitê Olímpico, diversas confederações viajam com psicólogos também", informou.

Além da equipe disponibilizada pelo COB, as confederações e modalidades também poderão levar os seus profissionais da saúde psicológica.

"É um sinal de novos tempos. Um tempo em que a saúde dos atletas foi levada a categoria de prioridade máxima. Até um passado recente, um atleta revelar um sentimento de angústia e ansiedade era considerado um sinal de fraqueza. Existia um preconceito em toda a sociedade. Isso foi mudando a partir do momento em que grandes astros começaram a revelar quadros de depressão.

Bergamo relembrou o caso do ginasta Diego Hypólito, que sofreu com quedas em momentos cruciais em sua trajetória olímpica, mas que após uma ajuda de uma psicóloga, o atleta conseguiu superar suas adversidades e conquistou uma medalha de prata nos Jogos Olípicos do Rio, em 2016.

Segundo Bergamo, os psicólogos observam os treinos, a relação dos treinadores com os atletas, compreendem se atos do treinador podem estar criando maior ansiedade no atleta sem que o treinador perceba, ajudam com a ansiedade e paranoia com questão de peso, muitas vezes ajudam em conflitos familiares.

"O caso da ginasta Simone Biles foi um marco, também. Conversei com o diretor de Esportes de Alto Rendimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Ney Wilson, e ele disse uma frase que é a seguinte: 'Uma medalha leva anos, décadas, para ser conquistada. Mas para perdê-la, basta uma noite mal dormida, uma comida ingerida um dia antes, um pensamento torto. A cabeça nos trai na hora em que a gente mais precisa'", pontuou.

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