O relatório sobre falhas operacionais nos atos criminosos no dia 8 de janeiro foi apresentado nesta sexta-feira (27). O interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, divulgou o relatório após 19 dias de investigação.

Durante a apresentação, ele disse que batalhões considerados importantes para conter os manifestantes não foram acionados mesmo com o alerta da inteligência, feito no dia 6 de janeiro, ao então Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.  

Cappelli destacou que havia uma grande ameaça de ataque na Esplanada dos Ministérios, mas batalhões como o BPCAES, o BOPE, BAVOP, e RPMON não foram avisados ou acionados após o aumento da tensão.

Ainda segundo o interventor federal, uma grande parte dos comandantes de batalhões estava de férias, e fora de Brasília. Para ele, isso pode não ser apenas uma coincidência.

O relatório conclui que não houve planejamento na ação das forças policiais e de segurança para conter os criminosos. Além disso, o documento aponta que houve tentativa de desmobilização do acampamento, mas a ação foi bloqueada por militares.