O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, declarou nesta terça –feira (19), que os fatos divulgados sobre o plano de golpe tentado no Brasil em 2022 são “notícias estarrecedoras”.
As informações são decorrentes das investigações da Operação Contragolpe, sob responsabilidade da Polícia Federal. As apurações apontam uma tentativa de matar o presidente Lula e impedir a posse dele. Além disso, o plano também contava com execuções do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Barroso entende que é um “retrocesso imenso” saber que a tentativa esteve perto de se tornar realidade. "Tudo sugere que estivemos mais próximos do que imaginávamos do inimaginável. O que é possível dizer é que o golpismo, o atentado contra as instituições e contra os agentes públicos que as integram, nada têm a ver com ideologia e opções políticas. É apenas a expressão de um sentimento antidemocrático e de desrespeito ao estado de direito. Estamos falando de crimes previstos no Código Penal", afirmou.
O discurso do ministro ocorreu durante uma sessão do Conselho Nacional de Justiça, que é presidido por ele.
Nesta terça-feira (19), a PF prendeu um agente e outros quatro militares do exército brasileiro suspeitos de envolvimento e planejamento da tentativa de golpe de estado e as execuções dos políticos. As investigações ainda estão em curso.