Barroso e ex-presidentes do TSE reagem contra Bolsonaro e voto impresso

Nesta segunda (02), Bolsonaro acusou presidente do TSE de querer eleições sujas em 2022

BandNews FM

Uma nota pública em defesa do modelo de eleições no Brasil foi divulgada nesta segunda-feira (02). Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Uma nota pública em defesa do modelo de eleições no Brasil foi divulgada nesta segunda-feira (02).
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Uma nota pública em defesa do modelo de eleições no Brasil foi divulgada nesta segunda-feira (02). O documento é assinado pelo atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, o vice-presidente do tribunal, Edson Fachin, e todos os ex-presidentes da Corte Eleitoral desde 1988.

Na nota, todos os ministros destacam que a retomada da contagem manual seria um regresso a um cenário de fraudes generalizadas. Eles ainda ressaltam que a urna é utilizada desde 1996 e nunca houve fraude. E, ao contrário do que afirma o presidente Jair Bolsonaro, reiteram que o voto eletrônico é auditável.

No meio da manhã, antes da divulgação da carta aberta, o chefe do Executivo voltou a atacar o ministro Barroso, e afirmou que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral quer eleições sujas no ano que vem. Além disso, Bolsonaro acusou Barroso de fazer lobby dentro do Congresso Nacional.

“O que o Barroso quer? Ele quer eleições manipuladas, ou, no mínimo, que possam gerar dúvida no futuro. E nós não queremos isso. Nós queremos o voto democrático, eleições democráticas. Onde a vontade popular possa valer de fato. Repito, não pode meia dúzia de servidores do TSE, juntamente com o presidente e ministro Barroso, contar os votos em uma sala secreta. Onde ele anuncia o resultado que achar que é o verdadeiro, porque as urnas não são auditáveis. O povo não vai aceitar uma eleição sob suspeição.”, disse Bolsonaro.

A afirmação já foi desmentida pelo tribunal anteriormente. A Corte detalhou que a apuração é feita automaticamente pela urna após o encerramento da votação. Logo depois, são impressas cinco vias do Boletim de Urna, com os votos recebidos por cada candidato naquele terminal.

Ainda segundo o TSE, vias adicionais do boletim são disponibilizadas aos fiscais do partidos.