Banhistas se revoltam e protestam contra privatização das praias na Grécia

Lei grega que autoriza a compra de áreas costeiras; comércios chegam a cobrar R$ 700 pelo uso de uma espreguiçadeira

Da Redação com Felipe Kieling

Nesta semana, um assunto que pautou as redes sociais é a chamada "Revolta das Toalhas". O fato acontece na Grécia e ocorre após turistas e moradores se revoltarem contra as privatizações das praias.  

De acordo com uma lei grega, 50% das praias devem ser mantidas de forma pública, porém, em algumas delas, o acesso só é possível caso o banhista passe por um bar ou restaurante e consuma seus produtos, o que é proibido.

De acordo com o correspondente Felipe Kieling, é comum encontrar estabelecimentos que cobram cerca de R$ 700 por dia para usar uma espreguiçadeira. Com isso, muitos moradores não conseguem usufruir de seu direito de curtir a praia.  

Um levantamento feito somente na ilha de Paros, foi constatado que 18.000 km de praias estavam sendo consumidos por empresas privadas, enquanto o limite permitido seria de 7.000 km - menos da metade.

Entenda o caso

A "Revolta das Toalhas" nasceu a partir de um protesto nas redes sociais, que acabou ganhando destaque na imprensa, e se espalhou para outras ilhas após uma convocação de um turista que se rebelou contra a legislação local.

O governo grego tem dito que é difícil controlar essa situação, mas espera-se que, com a mobilização dos moradores, as praias sejam devolvidas ao seu estado original e voltem a ser públicas no limite da legislação.

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