Sete anos depois da pior crise da história, o Sistema Cantareira, que fornece água para mais de sete milhões de pessoas na Grande São Paulo, volta a atingir níveis críticos. Com a falta de chuvas e a seca que atinge todo o país, o reservatório opera nesta quarta-feira (18) com 39,9% da capacidade e está em situação de alerta, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). O nível ideal é de, no mínimo, 60%, e a perspectiva não é de melhora. 

Dados do consórcio que gerencia as bacias dos Rios Piracicaba, Capivari Jundiaí apontam que o sistema pode chegar em dezembro com 20,2% da capacidade. De acordo com a Sabesp, Companhia de Saneamento Básico de São Paulo, apenas os mananciais de Cotia e Rio Grande atingiram os 60% ideais de volume.

No evento realizado nesta terça-feira (17) pela Universidade de São Paulo, “Desafios para a Segurança Hídrica na Região Metropolitana de São Paulo”, o analista de sistemas da Sabesp, Emerson Martins Moreira, apontou que a crise hídrica é um acúmulo de anos anteriores e que deve ser intensificada nos próximos meses.

 Apesar da situação, a empresa de abastecimento descarta, por enquanto, qualquer risco de racionamento