Fiéis e devotos de Iemanjá voltaram a lotar as ruas de Salvador nesta quinta-feira (02) após dois anos sem a festa para a divindade das águas. A orla do bairro do Rio Vermelho está tomada desde as primeiras horas do dia.
O dia 2 de fevereiro estava sem celebrações presenciais desde 2021 por conta da pandemia de Covid-19. Neste período, de forma simbólica, apenas os pescadores tiveram acesso ao mar no dia da Mãe das Águas.
Em 2023, a festa celebra 100 anos. A tradição foi iniciada em 1923, após os moradores recorrerem à orixá do candomblé depois de um período escasso de pesca.
O presente principal à Iemanjá, ofertado pela Colônia de Pescadores do Rio Vermelho, fica exposta para os fiéis até 15h45 desta quinta-feira (02) e depois é levada para o mar. Uma coroa de flores e uma grande estrela-do-mar serão ofertadas nessa edição.
Pela primeira vez no centenário uma imagem negra será a protagonista, geralmente a rainha das águas é representada como uma figura branca. A escultura de Iemanjá preta foi feita pelo artista plástico Rodrigo Siqueira e está no altar principal do evento ao lado da estátua clássica.