A Bahia vai receber ajuda do Maranhão, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo para auxiliar moradores atingidos pelas fortes chuvas. O governador Rui Costa (PT) informou neste sábado (25), via internet, que telefonou para os governadores dos estados e também para o ministro da Cidadania, João Roma, para pedir auxílio, após a situação ficar ainda mais crítica no Sudoeste, Extremo-sul e Sul baiano.
De acordo com ele, uma reunião será realizada este sábado para definir as estratégias de suporte à população afetada pelo temporal. A BR-415, rodovia que liga as cidades de Ilhéus e Itabuna, no Sul da Bahia, permanece totalmente interditada.
O bloqueio é realizado pelas polícias rodoviárias Federal e Estadual para evitar a tentativa de passagem pelos inúmeros pontos de alagamentos da estrada provocados pelas fortes chuvas que atingem a região desde há quase um mês.
Também há pontos de interdição nas rodovias BR-489, entre Itamaraju e Prado, BA-130, entre Ibitupã e Ibicuí, e BA-651, entre Itapitanga e Coaraci. Em Itabuna, moradores da periferia foram resgatados de barco por causa da cheia do Rio Cachoeira.
O rio também transbordou no trecho do município de Itororó, provocando enchente. Pessoas são resgatadas com o uso de canoas. Segundo a Defesa Civil Estadual, o número de desabrigados chegou a 4.185 e 11.260 desalojados.
O número de feridos é de 286 e a população total atingida chega a 378.286. São 17 mortos por causa das enchentes e 66 cidades em Estado de Emergência. A Defesa Civil continua o cadastramento das famílias em situação de vulnerabilidade, por causa do temporal.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, o volume de chuvas que atingem Salvador em dezembro já é cinco vezes acima do previsto. A previsão para o mês era de 58,1 milímetros, mas já se aproxima dos 300 milímetros.
Sete de Abril e Castelo Branco, na periferia da capital baiana, são os bairros onde mais choveu entre a noite de sexta-feira (24) e a manhã deste sábado (25). Não há registro de feridos ou desabrigados, mas as secretarias de Assistência Social e de Educação já preparam escolas municipais que deverão funcionar como abrigos, caso o cenário se agrave nas áreas mais afetadas, na cidade.