A babá do menino Henry mudou de versão mais uma vez e disse, em audiência na Justiça do Rio de Janeiro, que não sabia de agressões contra o garoto. No relato desta quarta-feira (6), Thayna de Oliveira falou apenas de um episódio de violência. Ela lembrou quando Monique Medeiros, mãe de Henry, teria voltado do salão de beleza e visto o filho machucado, depois que o menino ficou por alguns minutos trancado no quarto com Jairinho.
A juíza Elisabeth Machado alertou Thayna algumas vezes, diante das contradições apresentadas pela babá. A defesa de Monique chegou a pedir a prisão dela, mas a magistrada negou. No entanto, a juíza pediu a delegacia responsável pelo inquérito a abertura de um novo procedimento para saber se a doméstica mentiu.
O pai de Henry, Leniel Borel, se emocionou durante o depoimento. O engenheiro afirmou que dias antes da morte, o menino contou que não queria voltar ao convívio da mãe e do padrasto.
De acordo com Leniel, no dia da morte, Henry chegou a chorar e vomitar ao voltar para a casa dos dois. Ao tentar acalmá-lo, o garoto respondeu: 'a mamãe não é boa'.
Cerca de 10 testemunhas de acusação foram ouvidas nesta quarta-feira (6) e uma nova audiência foi marcada para o dia 14. Monique Medeiros e Jairinho estão presos e denunciados por homicídio triplamente qualificado.