Um desfile militar em frente ao Palácio do Planalto nesta terça-feira (10), organizado para levar um convite ao presidente Jair Bolsonaro, gerou críticas de parlamentares e partidos políticos.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), classificou a cena como "patética" e afirmou que a democracia é inegociável.
O líder da Oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-MG), afirmou que a Câmara Federal não vai aceitar ameaças do Executivo, e que a democracia será consolidada
Pelo menos 46 veículos blindados, como tanques e lança mísseis, que vão participar da Operação Formosa, desfilaram pela Esplanada dos Ministérios.
O presidente Jair Bolsonaro aguardou a passagem dos veículos na rampa do Palácio do Planalto, acompanhado de outras autoridades, como do ministro da Defesa, Braga Netto e de comandantes das Forças Armadas.
O desfile durou 10 minutos. Nesse tempo, Bolsonaro recebeu um convite feito pela Marinha para um tradicional exercício militar.
A ação ocorreu no mesmo dia que a Câmara dos Deputados analisou a PEC (proposta de emenda à Constituição) do Voto Impresso e foi vista como tentativa de intimidação.
Diversos manifestantes contrários e favoráveis ao governo acompanharam o desfile na Praça dos Três Poderes.
O grupo contrário ao desfile lançou uma fumaça vermelha em direção a blindados. Outra confusão ocorreu entre apoiadores do presidente e um grupo com cartazes contra a Ditadura Militar.
Os ânimos foram contidos por policiais militares que acompanhavam o desfile. O músico Fabiano Leitão Duarte, conhecido como "tromPetista", foi preso enquanto tocava um jingle de campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi levado para a delegacia da Asa Norte e liberado em seguida.
Não há registro de feridos.