O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, que foram presos durante a operação Acesso Pago da Polícia Federal, devem ser ouvidos na tarde desta quinta-feira (23).
Eles serão questionados sobre um suposto esquema de liberação de verbas no MEC, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Os três são investigados por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
A suspeita é que uma movimentação atípica por causa de uma transferência bancária de um dos pastores para a conta de Milton Ribeiro. Mas, de acordo com o advogado de defesa, Daniel Bialski, não há nada de ilícito na situação.
Por causa da prisão de Milton Ribeiro, cresce a expectativa pela criação de uma CPI do MEC no Senado. O caso estava sendo investigado pela Comissão de Educação da Casa, sendo que o presidente do colegiado, senador Marcelo Castro, defendeu que a situação é gravíssima.
Já os aliados do governo tentaram reverter a situação. O atual ministro da Educação, Victor Godoy, afirmou que o MEC não compactua com qualquer tipo de irregularidade. Foram cinco mandados de prisão e 13 mandados de busca cumpridos na operação. Durante uma entrevista para a Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que Milton Ribeiro é quem deve responder por eventuais irregularidades.