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Atos criminosos em Brasília completam um mês com mais de 900 presos

Procuradoria-Geral da República já denunciou 652 pessoas suspeitas de participarem dos atos em 8 de janeiro; governador Ibaneis Rocha segue afastado do cargo

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Os atos criminosos que terminaram com as sedes dos três poderes depredadas completam um mês nesta quarta-feira (8) com 652 pessoas denunciadas por participação no vandalismo e mais de R$ 20 milhões bloqueados para futuro ressarcimento dos cofres públicos. Neste período, a segurança pública do Distrito Federal passou por intervenção federal e o governador Ibaneis Rocha foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal.

A Polícia Federal tornou permanente a Operação Lesa Pátria, que apura a participação, o financiamento e o incentivo aos atos criminosos em Brasília.

A Secretaria de Administração Penitenciária do DF afirma que 916 pessoas seguem presas, a maioria saída do Quartel-General do Exército, onde um acampamento estava montado por aqueles que insistem em negar o resultado da eleição de outubro do ano passado.

O STF abriu investigação para apurar quem financiou os atos e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que a participação de funcionários públicos no 8 de janeiro seja apurada. Os servidores podem ser exonerados e vão responder em processos administrativos.

Na última sexta-feira (3), quatro policiais militares do Distrito Federal foram presos por supostamente terem facilitado a ação dos criminosos e não atuarem para impedir as invasões dos prédios públicos. O coronel Jorge Eduardo Naime, diretor de operação da PM-DF, foi um dos detidos.

O comando da PM também foi trocado e, atualmente, Klepter Rosa responde pela força. Na chefia da Secretaria de Segurança Pública, também houve mudança. O delegado da Polícia Federal Sandro Avellar assumiu o posto depois da prisão e do afastamento de Anderson Torres.

O ex-secretário e ex-ministro de Bolsonaro estava nos Estados Unidos e é acusado de inação para conter os atos. Uma minuta golpista foi encontrada em uma operação de busca e apreensão na casa de Anderson Torres e ele foi preso.

Após a depredação, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, vem conduzindo estudos para a construção de um memorial, que seria localizado na Praça dos Três Poderes, para que os atos de vandalismo não sejam esquecidos e não se repitam.