Embora aprovada pela Anvisa na última sexta-feira (16), a chegada da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças a partir de seis meses ainda é incerta. O Ministério da Saúde tem contrato com o laboratório para o fornecimento das doses, mas a câmara técnica da pasta ainda precisa avaliar a incorporação do fármaco no Programa Nacional de Imunização.

O ministério não informou uma data para a conclusão dos trâmites burocráticos, nem quando, por ventura, as vacinas estariam disponíveis nos postos de saúde.

Ao longo do fim de semana, nas redes sociais, mães de bebês cobraram celeridade na disponibilização do imunizante.

Atualmente, crianças maiores de 3 anos já são contempladas no PNI com a CoronaVac. A versão pediátrica da Pfizer está disponível para os maiores de cinco anos.

A vacina recém-aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem composição e dosagem diferentes das demais e permissão para aplicação entre bebês de seis meses e crianças de quatro anos. Para a completa imunização são previstas três aplicação: com intervalo de três semanas entre a primeira e segunda dose, além de uma terceira aplicação após oito semanas da segunda.

O público estimado nesta faixa etária é de 12 milhões de crianças, logo seriam necessárias 36 milhões de doses.

O Brasil tem contrato com a Pfizer para o fornecimento de vacinas e pode escolher entre os diferentes imunizantes, conforme as faixas etárias, para a entrega do laboratório. Há dependência da disponibilizado de entrega por parte do laboratório e não está claro o prazo para a vacina chegar ao país.

Para não haver confusão, a tampa do frasco com a vacina é na cor vinho.

O imunizante infantil já é utilizado nos Estados Unidos e teve a segurança e eficácia comprovada em diferentes testes pelo mundo.

Infectologistas e pediatras avaliam como urgente a vacinação dos bebês, atualmente o grupo mais vulnerável a doença. Embora com números em queda e com menores ou nenhuma restrição para evitar a disseminação da doença, casos graves de Covid-19 continuam ocorrendo e matando pacientes.