Após o intenso tiroteio que deixou três mortos em vias expressas do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (24), representantes da Segurança Pública do Estado e do governo federal vão se reunir na próxima semana para discutir medidas de combate ao crime organizado. O episódio, descrito como um “dia de terror”, mobilizou autoridades após uma manhã caótica na região.
A operação, realizada pela Polícia Militar no Complexo de Israel, na Zona Norte, tinha como objetivo capturar suspeitos de roubo de carros e cargas. No entanto, a ação foi interrompida pela troca de tiros, que levou motoristas e passageiros de ônibus a se protegerem nas muretas e a se abaixarem no asfalto. A Avenida Brasil chegou a ser fechada por quase duas horas na altura da Cidade Alta, causando pânico e paralisando o trânsito. Com a resistência dos criminosos, a PM decidiu recuar durante a operação e deixou a região.
Em coletiva de imprensa nesta quarta, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, chamou o confronto de “ato de terrorismo” do tráfico, destacando que o tiroteio foi uma resposta dos criminosos ao cerco da PM contra o chefe do Complexo de Israel, conhecido como "Peixão". A declaração foi dada na presença dos secretários da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, da Polícia Civil, Felipe Cury, e do secretário de Segurança Pública, Victor Santos.
Castro lamentou a morte das três vítimas, todas inocentes e a caminho do trabalho, e reforçou o compromisso com ações mais incisivas para conter a violência urbana.
*Supervisão de Sandro Badaró