Com polêmicas de sites de fofocas, PL das Fake News não tem previsão de votação

PL das Fake News passou apenas por uma comissão na Câmara

Rádio BandNews FM

Com polêmicas de sites de fofocas, PL das Fake News não tem previsão de votação
Páginas de fofocas impactam mercado publicitário digital
Agência Brasil

Os sites de fofocas vêm fazendo sucesso na internet e movimentando milhões de reais -  e de seguidores – no Brasil.

 O problema é quando os perfis deixam o jornalismo de lado e investem em fake news.

 Esses conteúdos são impulsionados pelos algoritmos das Big Techs, que também acabam lucrando com isso.

 No mês passado, uma notícia falsa divulgada por uma das páginas mais famosas, a Choquei, pode ter contribuído para a morte da jovem Jessica Canedo.

 A estudante de 22 anos tirou a própria vida depois da divulgação de uma notícia falsa envolvendo o nome dela.

 O caso é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais.

 A agência Mynd, que tinha a Choquei entre os clientes, passou a ser atacada na internet.

 Mas diz que só atua na venda de espaço publicitário e não tem relação com o conteúdo editorial.

 As páginas de fofocas impactam ainda o mercado publicitário digital.

 A Mynd, que agencia diversas dessas páginas, por exemplo, tem faturamento anual de R$ 350 milhões.

O projeto que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na internet, conhecido como o PL das Fake News, foi apresentado em 2020 pelo senador Alessandro Vieira e votado no mesmo ano no Senado.

Desde então, passou apenas por uma comissão na Câmara e não tem previsão para ser votado pelos deputados.

O impasse envolve as regras de combate à desinformação, a responsabilização de plataformas e a garantia de fiscalização e aplicação de sanções.