O presidente do Chile, Gabriel Boric, reconheceu a derrota da proposta de uma nova Constituição para o país. O texto foi rejeitado por 62% dos cidadãos que participaram do plebiscito neste domingo (05). Outros 32% votaram a favor da Carta que substituiria a herdada do regime de Augusto Pinochet.
O texto reprovado descrevia o Chile como um "Estado Social e Democrático de Direito", que deve prover bens e serviços para assegurar os direitos da população. A proposta foi redigida por uma Assembleia Constituinte após os protestos que deixaram mais de 30 mortos e centenas de feridos entre 2019.
Após a rejeição, Boric afirmou que a "democracia sai mais robusta" e que é preciso "escutar a voz do povo". "Chilenos e chilenas exigiram uma nova oportunidade e devemos atender a esse chamado. Prometo fazer tudo de minha parte para construir, junto com o Congresso e a sociedade civil, um novo itinerário constituinte", afirmou.
Cerca de 15 milhões de chilenos estavam aptos a participar do plebiscito. Essa foi a primeira votação obrigatória no país desde 2012. Mais de 50 mil pessoas não compareceram às urnas.